sexta-feira, 2 de junho de 2017

Nunca me habituo a ver uma parte de mim ir embora. Ainda que cheia de medos, é mais fácil ir do que ficar.
E não é só no escuro que fazes falta. É bem à luz do dia, quando todas as falhas estão expostas, que preciso daquele conforto escuro. Daqueles braços maiores que eu. Daquele cheiro que significa calma. Daquele "oh bicho" que me deixa desarmada.
Conto os dias para me deitar na tua concha, ficar só a existir e a sentir o teu calor.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Idealizo conversas na minha cabeça. Rasgos de coragem, de ousadia talvez, coisas que sei que não vão acontecer. Não me sinto confortável. Sinto-me a acumular a cada dia que passa, impotente perante tudo. Sozinha num espaço cheio de gente. Não consigo ser gente. Nem para mim, nem para eles. E tenho de saber separar, mas sinto-me incapaz de o fazer.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Podia fingir que não me incomoda, mas incomoda. Tu estás no teu mundo e eu estou no meu. Estamos lado a lado, mas em sintonias completamente diferentes, Sei que não serve de nada dizer, mas incomoda-me.
É como uma cama vazia: olho para lá e vejo os teus contornos nos lençóis; recordo o  conforto e o calor. Pestanejo, caio em mim e tu não estás lá.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

 É tão desapontante quando me chego a ti e só recebo um comporta-teFaz-me querer chorar. Minutos depois, chegas-te tu a mim, como se nunca nada tivesse acontecido. Não posso permitir que te esqueças do que me fizeste há minutos atrás. Uma vez mais, faz-me querer chorar. Quando só quero fazer as coisas bem, tudo corre mal e tu só criticas, não tens uma ponta de amor, pensando que também te poderia acontecer a ti e que isto não é/foi o fim do mundo. É tão desapontante contar com o teu calor e receber sempre o teu frio e vazio. Dá-me a volta ao estômago, um nó na garganta, faz-me querer chorar. Mas talvez o problema seja meu; talvez tenha de ficar mais fria, talvez tenha de virar o meu mundo e as minhas vontades de pernas para o ar. Assim talvez tudo te faça sentido, mesmo que a mim não faça. Mas que se lixe: como de costume, o que importa és tu.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Já me cansa estar contigo em lugares povoados de olhares alheios. Os gestos têm de ser vazios, os olhares tornam-se vazios. Só queria estar um pouco contigo, em silêncio. Cabeça a cabeça, deixar-me estar a sentir o teu cheiro, deixar-me ficar a sentir o teu calor. Só peço um pouco de nós, um pouco daquele nosso entendimento, daquele nosso silêncio falador. Sinto a tua falta, dá-me um pouco de nós.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Para 2016, o que te peço é que cuides de mim. Sabes como sou rabugenta e teimosa, sempre a querer ver e fazer as coisas à minha maneira e como isso nem sempre dá bom resultado. Sou profissional em começar a fugir quando tenho medo, quando mais preciso que me agarres e me reconfortes. E o problema é que às vezes escondo isso muito bem. Mas lembra-te de mim, lembra-te dos meus pormenores, lembra-te dos meus medos.
Cuida de mim, mesmo que pareça que eu não preciso.

Li isto e fiquei inspirada: http://jafoste.net/cuida-de-mim-mesmo-que-eu-as-vezes-pareca-nao-precisar/

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Foi um verdadeiro break free, passar por estas oito semanas. Descobri-me, descobri o que quero ser, descobri o que não quero ser, trabalhei no duro e cresci. Sinto, finalmente, que o meu trabalho foi recompensado e estou mesmo orgulhosa de mim por não ter desistido, por ter sido resiliente, por ter sobrevivido. Por ter definido um pouco aquilo que eu sou e quero ser. Tenho a certeza que estou no sítio certo. Um obrigado não chega.