quinta-feira, 28 de abril de 2011

não voltes

  O que fizemos hoje, não foi bom, de todo. O que dantes era bom e sabia bem, tornou-se agora em algo conpletamente frio e pouco natural. Acho que posso dizer que se tornou em algo quase horrível.
  O simples acto de darmos as mãos, algo que faziamos naturalmente, tornou-se insuportável. Repito, insuportável. As nossas mãos, que dantes encaixavam tão bem, agora não combinam. É como uma peça de um puzzle que dantes parecia encaixar bem mas que agora, vistas bem as coisas, não encaixa, ou então, encaixa apenas metade.
  Aquela despedida de hoje, apesar de ter sido encenada para o trabalho de Português, foi a nossa despedida... Ao princípio, admito que me estava a rir, que estava completamente no gozo, mas depois, quando vi a tua cara, a expressão dos teus olhos, toda aquela encenação passou a ser bastante real, perturbou-me. Aquele olhar valeu mais que mil palavras, valeu as mil palavras que se esgotaram ou, por outro lado, valeu apenas uma palavra: adeus.
  Acho que desta vez acabou mesmo. Ambos nos assustámos, estava tudo a tornar-se demasiado real. Talvez até tenha feito bem pormos um fim a isto.
  Então é isso, estou demasiado apegada a ele e vou ter de me separar. Um passo para a frente e dois para trás.
  Tenho saudades tuas, do tempo em que as nossas mãos encaixavam na perfeição, mas não voltes. Não quero ter de te dizer que sim e, sobretudo, não quero reviver tudo outra vez, apesar de saber que é isso que vai acontecer se voltares.
Por isso, por favor, não voltes...

terça-feira, 26 de abril de 2011

consciência pesada

  Recordar hoje o que se passou há menos de um mês, mais precisamente há 20 dias, fez-me perceber coisas em que nem sequer tinha pensado. Não consigo perceber porque é que aquilo que eu fiz com ele é errado. Garanto que não consigo perceber!
  Na minha cabeça, as coisas não parecem tão descabidas como os outros as pintam. Para mim, foi tudo normal, tendo em conta as circunstâncias. Não consigo perceber porque é que o que eu fiz está errado ou porque é que não devia ter sido feito.
  Será que eu agi mal? Agora estou com a consciência pesada...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

revolta

  Já não tenho muito mais para te dizer. Estou farta de ti, estou farta das tuas birras, das tuas manias, da tua tendência para arranjar problemas onde eles não existem. Já mudei demais só para te tentar agradar, ao que parece, completamente sem sucesso.
  Agora só te quero dizer: sai da minha vida, estou farta de ti! Não te quero ver mais à frente, essa tua cara já me enjoa. Pára de aparecer sempre que eu já te consegui arrumar a um canto, pára de ser assim, pára de ser oportunista, já não posso mais contigo -.-

quarta-feira, 13 de abril de 2011

desabafo #3

  Digas o que disseres, faças o que fizeres, prometas o que prometeres, eu vou sempre desconfiar de ti e ter ciúmes. Não me orgulho de tal coisa, mas tenho razões e provas do passado para ser assim. No presente, quando me conseguires provar que posso confiar a 100% em ti, então assim o farei. Até lá, continuarei a comportar-me da mesma maneira. É verdade que até pode ser infantil da minha parte, mas é a única maneira que eu tenho de me proteger de ti e das tuas acções.

sábado, 9 de abril de 2011

dragged

  Há muito tempo que não me sentia tão bem a nadar... Foi revitalizante.   Deslizar naquela água fez-me perceber quão esgotada eu estava, quão necessitada de descanso eu estava. Era como se estivesse a mover-me sobre veludo, sobre algo muito macio e confortável. Fez-me libertar todas as energias mais negativas, todos os maus pensamentos, todos os problemas que ultimamente me perseguiam. Fez-me sentir mais leve.
  Agora só preciso de paz e sossego, só preciso de tempo para pensar naquilo que está certo ou errado, naquilo que devo ou não fazer. Preciso de ser arrastada para um estado de entorpecimento que me deixe pensar em condições. Preciso de algum tempo sem ti. Preciso de tempo para mim. Mas não te vás embora, continua aqui. Mantém-te perto, de modo a poder abraçar-te e ouvir de ti um "vai correr tudo bem" que me faz sentir mesmo que vai correr tudo bem, para me poderes beijar o cabelo e acalmares-me quando eu começar a chegar ao limite. Preciso que estejas aqui apenas como amigo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

(des)controlo

  Estou a perder outra vez o controlo. Estou bastante ciente dos meus sentimentos, estes são muito claros para mim, mas não consigo evitar ser assim. Não consigo evitar ficar de mau humor porque tu também estás de mau humor.
  É involuntário, juro que não faço de propósito! Mas tão depressa te entregas como te afastas. Tão depressa estás bem como estás chateado.
  Não sei como agir contigo. Não sei quando é que me devo aproximar e quando é que me devo afastar. Não sei o que fazer agora. Devo falar-te normalmente, ou esperar que sejas tu a vir falar comigo? Devo abandonar-te completamente, ou manter-me discretamente a teu lado até tu recuperares?