segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Idealizo conversas na minha cabeça. Rasgos de coragem, de ousadia talvez, coisas que sei que não vão acontecer. Não me sinto confortável. Sinto-me a acumular a cada dia que passa, impotente perante tudo. Sozinha num espaço cheio de gente. Não consigo ser gente. Nem para mim, nem para eles. E tenho de saber separar, mas sinto-me incapaz de o fazer.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Podia fingir que não me incomoda, mas incomoda. Tu estás no teu mundo e eu estou no meu. Estamos lado a lado, mas em sintonias completamente diferentes, Sei que não serve de nada dizer, mas incomoda-me.
É como uma cama vazia: olho para lá e vejo os teus contornos nos lençóis; recordo o  conforto e o calor. Pestanejo, caio em mim e tu não estás lá.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

 É tão desapontante quando me chego a ti e só recebo um comporta-teFaz-me querer chorar. Minutos depois, chegas-te tu a mim, como se nunca nada tivesse acontecido. Não posso permitir que te esqueças do que me fizeste há minutos atrás. Uma vez mais, faz-me querer chorar. Quando só quero fazer as coisas bem, tudo corre mal e tu só criticas, não tens uma ponta de amor, pensando que também te poderia acontecer a ti e que isto não é/foi o fim do mundo. É tão desapontante contar com o teu calor e receber sempre o teu frio e vazio. Dá-me a volta ao estômago, um nó na garganta, faz-me querer chorar. Mas talvez o problema seja meu; talvez tenha de ficar mais fria, talvez tenha de virar o meu mundo e as minhas vontades de pernas para o ar. Assim talvez tudo te faça sentido, mesmo que a mim não faça. Mas que se lixe: como de costume, o que importa és tu.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Já me cansa estar contigo em lugares povoados de olhares alheios. Os gestos têm de ser vazios, os olhares tornam-se vazios. Só queria estar um pouco contigo, em silêncio. Cabeça a cabeça, deixar-me estar a sentir o teu cheiro, deixar-me ficar a sentir o teu calor. Só peço um pouco de nós, um pouco daquele nosso entendimento, daquele nosso silêncio falador. Sinto a tua falta, dá-me um pouco de nós.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Para 2016, o que te peço é que cuides de mim. Sabes como sou rabugenta e teimosa, sempre a querer ver e fazer as coisas à minha maneira e como isso nem sempre dá bom resultado. Sou profissional em começar a fugir quando tenho medo, quando mais preciso que me agarres e me reconfortes. E o problema é que às vezes escondo isso muito bem. Mas lembra-te de mim, lembra-te dos meus pormenores, lembra-te dos meus medos.
Cuida de mim, mesmo que pareça que eu não preciso.

Li isto e fiquei inspirada: http://jafoste.net/cuida-de-mim-mesmo-que-eu-as-vezes-pareca-nao-precisar/