segunda-feira, 28 de março de 2011

conclusão

  Essa ideia atingiu-me como um balde de água fria. Tens razão, isto tudo não passa de uma obcessão.
  Já não é amor, há muito tempo, nem sequer é amizade. É apenas uma vontade cega de não te perder para outras pessoas, um impulso muito brusco de defender aquilo que eu acho que é meu, mas que na verdade não é.
  Esse impulso tem de ficar encostado a um canto, tem de ser ignorado. É algo irracional com que eu nunca tinha lidado antes.
  Tens mais que razões para estares chateado. Entendemos a perspectiva um do outro, mas isso não é o suficiente para pararmos com esta discussão.
  Este balde de água fria fez-me entender, de forma definitiva, que não somos compatíveis de modo algum e que mais vale cada um seguir o seu caminho.
  Como já disse, até agora, tudo não passou de uma obcessão pura e dura.

terça-feira, 22 de março de 2011

confiança

  Hoje tive uma visão diferente daquilo que é a tua relação com ela. Alguns pormenores juntaram-se na minha cabeça e eu finalmente percebi que a maneira como olhas para ela, não é amor, não é bem a maneira como olhaste para mim. Aquilo é amizade, verdadeira amizade.
  É aquilo que eu não sei reconhecer nos teus olhos quando olhas para mim. É aquilo que nós nunca teremos porque não conseguimos separar as coisas. Deixamos que tudo se misture e não conseguimos ter uma amizade sólida.
  Se calhar, devemos desistir de tentarmos dar-nos bem um com o outro. Mas eu quero que confies em mim e, mais que tudo, quero confiar em ti. Quero que abandones as palavras e passes à acção. Quero que deixes de me dizer "eu confio em ti" e que passes realmente a confiar em mim. Terei sido assim tão má pessoa para ti, ao ponto de nem sequer confiares em mim?
  A propósito, esse teu "Pink Floyd é para pessoas decentes", magoou-me.

segunda-feira, 21 de março de 2011

come back

«Puseste a mão no meu peito e beijaste-me. Suavemente. Foi rápido... Fizeste isso como se fosse um hábito, algo que tomasses como garantido. Esta foi a última vez que nos beijámos.» A.G.

  Não há qualquer tipo de ressentimento, pelo menos, não da minha parte. Já ultrapassei o que aconteceu.
  Resta agora uma ténue lembrança daquele sítio, dos teus gestos, das tuas palavras, das tuas expressões que eu continuo sem conseguir entender.
  Só te peço que voltes ao normal o mais depressa possível, por favor. Não gosto deste afastamento que se criou outra vez. Não posso dizer que não fui avisada, porque fui, vezes demais até. Fui eu que escolhi, fui eu que decidi, portanto, não culpo ninguém. E desta vez, não me arrependo.
  Já ultrapassei tudo, e tu?
  Volta ao normal depressa... Pensa depressa, toma as decisões que tens a tomar, mas volta...
tenho saudades tuas ♥

sábado, 19 de março de 2011

wild life

  Isto é como a vida na selva: é uma luta constante pela busca de alimento, pela protecção do nosso território de caça e do nosso porto seguro. Com a chegada de invasores, temos de lutar com unhas e dentes por aquilo que nos pertence. Umas vezes, entramos em batalhas e ganhamos. Saímos felizes, expulsamos o inimigo e gozamos aquilo que é nosso. Outras vezes, entramos em batalhas e perdemos. Nestas alturas, temos de nos recolher com classe, dar a ideia de que, apesar de termos perdido, não somos fracos. Deixar prometido um outro combate, onde esperamos ganhar, é uma boa solução. Devemos abandonar o campo de batalha com a cabeça erguida, a fitar o inimigo nos olhos, sem nunca lhe virar as costas (não vá o Diabo tecê-las).
  Travo sempre as mesmas batalhas, há mais de um ano. Curiosa ou estupidamente, acabo sempre por perdê-las.
  És como um leão que foi expulso de um clã. Andas sozinho, em busca dos melhores territórios, atacas quem se atravessa no teu caminho, afugentas quem se tenta aproximar e ajudar-te.
  De vez em quando, o teu caminho lá se cruza com o meu e o do meu clã. Nestas alturas, eu afasto o meu próprio clã, o meu próprio porto seguro, para me aproximar de ti e dar-te algum apoio e segurança, para te limpar as feridas que outros abriram. Ao princípio aceitas de bom grado, não me deixas partir, mas depois, de um momento para o outro, mudas completamente. Dá-se início a uma batalha, da qual nenhum de nós sairá bem. É uma batalha horrível, cheia de golpes baixos, feridas e sangue. Mais uma vez, afugento o meu clã. É uma batalha só nossa. Não é preciso pôr mais ninguém ao barulho.
  Quando eu perco e tudo acaba, tu vais-te embora, eu volto para junto dos meus companheiros, volta tudo ao normal. Mais tarde, repete-se tudo outra vez.
  Limpo as minhas feridas sem deixar que ninguém se aproxime. Quando já não há muito mais para limpar, volto a aproximar-me. Sabe sempre bem ter companheiros que nos limpem as feridas que nós próprios não conseguimos limpar.
  Exibo as minhas cicatrizes com orgulho. Para os outros, funcionam como um repelente, para ti, funcionam como um íman. Atraem-te para aquilo que será o doce sabor da vitória, para a certeza de uma batalha ganha, mesmo antes de ela ter sequer começado.
  Quando te vir no horizonte, vou fugir, vou-me proteger. Vou acabar por ser direccionada, mesmo que pense que me estou a deslocar sem qualquer rumo definido. Vais-me encurralar e vamos, uma vez mais, lutar, até eu perder. É um triste ciclo vicioso ao qual eu tento fugir sem êxito.
  Portanto, quando é que os nosso caminhos de vão cruzar outra vez? Quando é que não te irei limpar as feridas? Quando é que vamos lutar outra vez?

quarta-feira, 16 de março de 2011

biology and geology

  És como as moléculas de ADP, ora estás ligado a um grupo fosfatado inorgânico, ora estás desligado. Ora és ADP, ora és ATP. És demasiado volátil, como toda a matéria que circula dentro de nós.
  Desta vês os efeitos destrutivos serão nulos. És um movimentos das placas tectónicas que mais tarde origina um sismo. É verdade, mexeste comigo. Desta vez, já não és um sismo de 9.5 na escala de Richter. Desta vez és um sismo de 2.5 na escala de Richter. Mal te sinto. Vais produzir todo o tipo de ondas, das mais inofensivas às mais destrutivas. Desta vez, eu estava preparada para este sismo, estava de sobreaviso. Ainda bem que não ignorei as previsões, ainda bem que me deste tempo para evacuar toda a população. Quando chegaste, não causaste qualquer tipo de estragos. Esperava que fosses mais forte, mais destrutivo. Fiquei desiludida com essa tua falta de poder, esperava mais.
  Já ultrapassei tudo. A população já voltou à normalidade. O aviso de tsunami ainda se mantém de pé, embora já esteja muito apagado.
  Estou feliz. Não houve qualquer tipo de danos, não houve perda de vidas,salvei toda a população, salvei-me a mim.
  Vamos recomeçar, mas desta vez, sem dar lugar a sismo ou tsunamis ou qualquer tipo de actividade vulcânica. Vamos recomeçar, mas desta vez, de uma forma mais pacífica.

tradução: já eras :D

«Difícl não é lutar por aquilo que se quer, mas sim, desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti, não por não ter coragem para continuar a lutar, mas sim por não ter mais condições para continuar a sofrer.» - Bob Marley

domingo, 13 de março de 2011

acidente (aa)

gonçalo says:
XD
vai para o hospital, vai, não te saia o cérebro pela cabeça XD
Inês says:
pelo nariz óh xD
como é que o cérebro me sai pela cabeça? -.-
gonçalo says:
o nariz não está na cabeça? XD
francamente inês... XD
Inês says:
está :c
gonçalo says:
ah, pensei XD
Inês says:
faz mais sentido dizer que o cérebro sai pelo nariz do que pela cabeça :c
gonçalo says:
pshiu XD
Inês says:
pois pois xD
sinto ganda formigueiro nesta zona o.o'
gonçalo says:
inês, queres postar sobre isso? XD
Inês says:
ooh, isso é trsite xD
(isto tudo porque bati no móvel e ia partindo a cabeça :D)
  

aprende

  Estou farta de fingir. Estou farta que não me respeites, que me uses sempre que te apetece, que me ignores quando achas que tens a certeza que eu não te vou abandonar nunca.
  Pois agora digo-te, já chega, estou farta! Não me tomes como garantida. Não te abandonei quando mais precisaste, apoiei-te e defendi-te quando precisaste, ofereci-te o meu ombro para chorares, deixei-te aproveitares-te de mim e partires sem dizer nada. Não penses que estarei sempre aqui, para quando aqueles que tu pensas ser os teus verdadeiros amigos te deixarem sozinho e não te derem o devido valor. Nessa altura, vou-te negar tudo o que me pedires, vou ignorar tudo o que disseres, mesmo que magoe. Tens de aprender que não pode nem vai ser sempre como tu queres.
  Aprende enquanto podes quem são aqueles que realmente se preocupam contigo e que fariam alguma coisa por ti, fosse o que fosse.
  Eu não te abandono. Se te pedir, tu ficas e não me abandonas? Estás disposto a isso?

quarta-feira, 9 de março de 2011

mar sonoro



«Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
Que momentos há em que suponho
Seres um milagre criado só para mim.»

Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, 3 de março de 2011

química

AAAH -.- 
  O teste intermédio até me tinha corrido bem, mas agora que vi os critérios, não vou passar do 14 -.-'
  Tanto estudo para nada! Tanto estudo para chegar só a um 14! Não acho isto normal, juro que não acho -.-

terça-feira, 1 de março de 2011

dúvidas

  Talvez tudo se esteja a recompor.Talvez voltemos ao que éramos ou antes, ou até fiquemos melhor. Há dias, como o de hoje, em que tudo parece estar bem mas ao fim de algumas horas tudo se altera. A tua luminosidade e a simpatia evaporam-se, não dizes nada, não te concentras em nada, não és capaz de ter um conversa normal ou ter sequer um conversa!
  A tua instabilidade faz-me constantemente duvidar daquilo que estamos a alcançar, daquilo que somos. Tão depressa estás bem disposto e comunicativo, como estás distante e calado. Respondes de maneira rude ou simplesmente ignoras quem fala contigo. Estou cansada de ser flexível contigo. Não sei que mais hei-de fazer.
  Tão perto mas tão longe...