quinta-feira, 30 de junho de 2011

comboio

  Ela olhava ansiosamente para a multidão que saía do comboio, em busca daquele olhar familiar.
  Ao fim de alguns minutos, o seu olhar prendeu-se em algo que ela conhecia bem: o tom castanho-alourado do cabelo dele, inconfundível no meio de tantas cabeças com o mesmo tom de cabelo. Ela chamou-o, mas o barulho da multidão abafou o seu grito.
  Foi então que ele se voltou e, ao alcançar o olhar dela, largou as malas e começou a correr de braços abertos, tal como ela.
  O coração dela batia descompassadamente, enquanto lutava contra a multidão para o alcançar mais rapidamente.
  Atirou-se para os braços dele, apagando a distância que se tinha criado entre  os dois. Ao sentir que estava a escorregar, disse, aflita:
  - Nunca me deixes cair !
  - Sabes, - disse ele pousando-a delicadamente no chão - por vezes, posso não conseguir segurar-te, mas nunca te vou deixar cair. ♥

segunda-feira, 27 de junho de 2011

monólogo

  -Desculpa, agi mal. Não devia ter sido assim para ti. Lamento imenso... Preciso de outra oportunidade. Percebo se disseres que não, mas tenho de tentar na mesma! - e lá continuava ele com o seu monólogo.
  Enquanto ele andava, ela permanecia quieta e calada, com um ténue sorriso a aflorar-lhe os lábios (em parte, devido à satisfação de ele estar a admitir que tinha errado).
  Então, ela levantou-se cuidadosamente e dirigiu-se ao local onde ele estava a andar nervosamente de um lado para o outro.
  Agarrou-lhe o braço, esticou-se de modo a abarcar a cara dele entra as suas mãos e, com o beijo mais doce e suave, pôs fim àquele monólogo.

sábado, 25 de junho de 2011

caixinha de memórias

  Arranjei uma caixinha pequena com um cadeado prateado, muito brilhante.
  Reuni tudo o que era teu e pús dentro dessa caixinha. Agarrei em todos os sorrisos e olhares, e guardei-os lá dentro. O teu cheiro e todas as memórias a ele associadas foram aprisionadas nessa caixinha. Todas as confissões e todas as hsitórias foram aconchegadas no interior da caixinha. Todas as chamadas, mensagens, músicas, os gosto de ti assim e os nunca mudes, por ninguém! foram encafuados bem no fundo daquela caixinha.
  Depois de colocar tudo lá dentro, tranquei-a, decidida a não voltar a abri-la.
  Agora, apenas guardo junto ao coração a chave que trancou essa pequena caixa. Perto de mim não se encontra mais nada que te pertença. Só a chave, nada mais...

terça-feira, 21 de junho de 2011

verão!


  E finalmente chegou o Verão!
  Chegaram os dias de praia, dias sem fazer nada, dias em que não ficamos em casa a tremer de frio. Chegaram os dias despreocupados e sem responsabilidades, os dias que realmente nos deixam felizes!
  Aproveitem bem estes meses, da mesma maneira que eu vou tentar aproveitar os meus :D

domingo, 19 de junho de 2011

férias

  Falta cada vez menos tempo para as tão desejadas férias de Verão e, se queres que te diga, já não me faz confusão o facto de não saber se te vou ver muitas ou poucas vezes.
  Cada vez menos anseio a tua presença e o teu olhar. O teu cheiro já não me atrai nem me leva para longe daqui. A tua voz já não me distrai tanto. Só a referência do teu nome é que, por vezes, me faz perder o raciocínio.
  Agora já não me assusta nem perturba estar longe mas ainda assim tão perto de ti.
  E se não falarmos nas férias? Que se lixe! E se não me mandares mensagem? Que se lixe! E se me vires na rua e não me cumprimentares? Que se lixe! E se disseres que tens saudades minhas? Que se lixe, não quero saber! (bem, se calhar já quero saber :x)
  É interessante como, em tempos, me preocupou tanto o facto de tu poderes não falar comigo durante as férias. Agora é-me indiferente.
  Habituei-me à tua constante ausência.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

frases #2


«Silêncio não quer dizer ausência, apesar da ausência reinar nos nossos dias.»

segunda-feira, 13 de junho de 2011

desabafo #6

  Desliguei a torneira. Tinha o corpo entorpecido. A minha alma já estava quente o suficiente. A avaliar pela tonalidade avermelhada da minha pele, o meu corpo também já estava quente, até demais se calhar. Não conseguia sentir nada.
  Agarrei na toalha, envolvi o meu corpo com ela e apertei-a, tentando conservar todos os pedaços do meu corpo unidos.
  Sentia agora todo o calor adquirido a fugir do meu corpo, propagando-se em grande ondas para o exterior.
  Preciso que me devolvas o calor que me roubaste. Preciso que voltes a devolver à minha alma a vida que lhe roubaste. Não preciso de ti, só do que levaste.

Apeteceu-me. É assim que me sinto.

domingo, 12 de junho de 2011

eu preciso

  Só assim me apercebo de como preciso de uma pessoa forte e confiante a meu lado. Uma pessoa como tu. Só assim me apercebo de como preciso de alguém que esteja seguro das suas decisões, das suas escolhas, alguém que esteja seguro de si.
  Foi errado da minha parte considerar-te um criança. Por vezes podes fazer algumas birras mas também, quem não faz? Neste momento, quase que te considero um homem (sim, isto pode e é bastante exagerado, mas só assim é que dá para entender!).
  Preciso de alguém confiante e que me transmita segurança. Alguém que, quando eu stresso e fico cheia de dúvidas, me obrigue a pensar com coerência, em vez de ficar mais stressado que eu.
  Não preciso de ti, apenas preciso de alguém como tu. Alguém em quem consiga confiar como confio em ti.
  És capaz de me arranjar alguém assim?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

água

  Preciso de mais daquela água mágica que leva toda a dor e toda a saudade para longe de mim. A magia da minha água acabou-se. Nadar já não me cansa tanto como cansava. Já não me deixa exausta e sem paciência para pensar seja no que for.
  Chegámos ao básico: não há Olá's, não há abraços, não há fotografias, não há olhares, não há mensagens, não há tema de conversa. Não há qualquer tipo de contacto, não há arrepios, não há desejos, não há compreensão, não há comunicação, não há amor. Acho que já nem há amizade.
  Mas sabes que mais? Queres uma novidade maravilhosa? Ainda magoa, mas já não magoa tanto. Vai magoando cada vez menos, cada vez com menos intensidade. Só de vez em quando é que lá surge um nó na garganta ou uma lágrima no canto do olho ou uma sensação de vazio ou um grande ataque de ciúmes. Mas já é raro e muito pontual.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

say goodbye

  Sim, estou arrependida.
  Agora, mais do que nunca, arrependo-me de não te ter dito sim, de não ter embarcado nessa aventura em descoberta daquilo que me era desconhecido.
  Mas é uma decisão que já não me magoa, ou pelo menos já não magoa como magoava dantes. Agora que decidi seguir em frente e deixar para trás os nossos dias de glória e diversão, não posso voltar atrás. Agora apenas faz parte do passado.
  Talvez encontre alguém como tu, alguém em quem consiga confiar cegamente como confio em ti. Alguém que me entenda sem que eu tenha de falar. Acredito que há-de existir alguém como tu ou ainda melhor. Só ainda não encontrei esse alguém.
  Portanto, parece que terei de te dizer adeus...


P.S.: lembra-te de mim como eu me lembro de ti. Lembra-te apenas dos bons momentos, das boas conversas, dos bons abraços, dos bons beijos e dos bons olhares. Esquece tudo o resto. Esquece tudo o que foi mau. Não penses no que poderia ter sido o futuro.
ADEUS ♥

sexta-feira, 3 de junho de 2011

frases #1

«Ás vezes as soluções não são tão simples. Ás vezes adeus é a única solução.»

Shadow of the day, Linkin Park

quinta-feira, 2 de junho de 2011

it's (not) a happy ending

  Pronto, admito. Já não suporto estar perto dele. Já cheguei à altura em que prefiro nem sequer olhar para ele ou ouvir falar dele. Tornou-se algo bastante incomodativo.
  Se o olho nos olhos, esqueço-me daquilo em que estava a pensar, se oiço a voz dele, paro de falar e ignoro todas as outras vozes, se ele me ignora sinto-me mal.
  Inverteram-se os papéis: agora, quem quer sou eu e quem não quer é ele. Mas pronto, como ele costuma dizer, faz parte !
  Já me conformei com o presente e com aquilo que vai ser o futuro. Não espero mais nada dele, nem sequer um Olá. Não haverá mais beijos, abraços ou  palavras simpáticas. Não haverá mais olhares cúmplices nem risos em comum ou piadas privadas. Não haverá mais nada para além de duas pessoas cujo caminho, em tempos se cruzou. Mais nada voltará a acontecer.
  Fartei-me de esperar. Agora, com ou sem outra pessoa, acho que estou pronta para seguir em frente. Acabou, não há volta a dar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

dia da criança


  Quem me dera poder ser criança para sempre! Não ter responsabilidades, testes complicados para fazer, trabalhos para entregar, prazos para cumprir...
  Gostava de voltar aos tempos em que era bebé, em que não sabia sequer falar. Voltar ao tempo em que ainda não tinha cometido nenhum erro, não tinha dito as palavras erradas, na hora errada, no sítio errado e à pessoa errada. Mesmo assim, não tenho muito por onde me queixar. Posso já ter feito muitas asneiras, mas ainda tenho muito tempo para as compensar, fazendo as coisas correctas e esperando que ninguém note os meus futuros erros.
  Contudo, foram todos estes erros, fracassos e vitórias que fizeram de mim aquilo que sou hoje. Ainda assim, por vezes digo, quem me dera voltar a ser criança! Quem me dera voltar a ser inocente outra vez!
  Portanto, o que tenho a dizer é: feliz dia da criança, aproveitem bem enquanto não têm ainda mais responsabilidades e prazos a cumprir !