quinta-feira, 30 de junho de 2011

comboio

  Ela olhava ansiosamente para a multidão que saía do comboio, em busca daquele olhar familiar.
  Ao fim de alguns minutos, o seu olhar prendeu-se em algo que ela conhecia bem: o tom castanho-alourado do cabelo dele, inconfundível no meio de tantas cabeças com o mesmo tom de cabelo. Ela chamou-o, mas o barulho da multidão abafou o seu grito.
  Foi então que ele se voltou e, ao alcançar o olhar dela, largou as malas e começou a correr de braços abertos, tal como ela.
  O coração dela batia descompassadamente, enquanto lutava contra a multidão para o alcançar mais rapidamente.
  Atirou-se para os braços dele, apagando a distância que se tinha criado entre  os dois. Ao sentir que estava a escorregar, disse, aflita:
  - Nunca me deixes cair !
  - Sabes, - disse ele pousando-a delicadamente no chão - por vezes, posso não conseguir segurar-te, mas nunca te vou deixar cair. ♥

2 comentários:

luísbrázio, disse...

Gostei muito :)
Tenho lido os textos que tens escrito e compreendo a maior parte dos teus sentimentos. Força, nunca desistas de ser feliz! A felicidade chega a todos os que merecem, nunca te esqueças! :')

Inês Franco disse...

adorei, muito bom :D