segunda-feira, 31 de outubro de 2011


não sentes falta da cumplicidade? eu sinto

sábado, 29 de outubro de 2011

erros e desilusões

  Costumo dizer que levo muito tempo a confiar nas pessoas e a entregar-me realmente a elas. Às vezes há excepções, surgem pessoas na minha vida que inspiram mais confiança e eu entrego-me por completo. Já deveria saber que, na maioria das vezes, não é muito recomendado mas há alturas em que até corre bem e tudo funciona.
  Contudo, há aquelas pessoas que eu penso que conheço ou que penso que não seriam capazes de fazer determinadas coisas. Mais uma vez, chego à conclusão de que toda a gente é capaz de fazer tudo. E é assim que eu deixo de confiar nas pessoas. Caio constantemente no erro de confiar nelas e dar segundas oportunidades por acho que os erros podem ser emendados e perdoados. Mas e se as pessoas voltam a cometer o mesmo erro? E se as pessoas voltam a desiludir-nos?
  Ás vezes pergunto a mim própria como é que essas pessoas ainda são capazes de me olhar nos olhos e sorrir, como se nunca me tivessem magoado ou desiludido, como se nunca tivessem feito nada de mal, como se, no meio disto tudo, o único ser humano que está errado sou eu.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

todos temos fases

  Sou um pouco como a Lua: tenho fases. Oscilo entre o sim e o não com alguma regularidade. Tenho alturas em que estou disposta a fazer tudo por nada e tenho alturas em que estou disposta a não fazer nada e esperar que tudo venha ter comigo.
  Neste momento, estou numa transição. Estou à espera que as palavras certas venham ter comigo no momento certo. Estou próxima da fase em que tudo vai ser dito sem escrúpulos. Estou próxima da fase em que vou ter de ser directa e vou ter de me impôr. Só não estou pronta para as consequências mas ainda tenho algum tempo para me preparar.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

fim do mundo

  Hoje é o fim do mundo.
  É uma afrimação estúpida e eu não acredito nela. Contudo, não consegui evitar que isto ficasse a remoer dentro da minha cabeça.
  Só conseguia pensar em como ainda tinha coisas por dizer, muitas coisas. Sobretudo, tinha coisas para te dizer sobre as tuas atitudes comigo, ultimamente. Não me tens respeitado mas, diga-se de passagem, eu também  não me tenho esforçado muito para tu percebas que eu não me sinto bem. Tens invadido a minha zona de conforto, fazendo-me sentir desconfortável.
  Ora portanto, o que eu te quero dizer antes de o mundo acabar é que realmente eu gostei muito de ti e, em tempos, não me importei que fizesses de mim o que querias. Mas agora importo-me e digo que já chega.
  Precisamos de falar, antes que o mundo acabe. Antes que o nosso mundo acabe e que a nossa amizade morra com ele por causa de caprichos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

asneiras

  Continuo congelada , isso não muda. Mas agora estou numa luta com a minha consciência. Tenho perguntas, demasiadas perguntas, que não me largam. Insistem em sair nas alturas erradas ou então não sair. Estou a fazer asneira, tenho a perfeita consciência disso. Posso facilmente pôr um fim nessa asneira mas ao mesmo tempo não posso. Vai custar porque implica que sejam feitas algumas perguntas difíceis, com respostas difíceis e reacções ainda piores. Vai custar  mas vai ter de ser. Não posso perder o controlo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

frozen

  Pensei que tudo recomeçara. Que estávamos a voltar ao passado, que eu sentia o mesmo e que tu também sentias o mesmo. Contudo, percebi que não o sinto e que desta vez é diferente. Não é dito da boca para fora, é sentido. Também percebi que evoluí um pouco mais e que consigo ser firme nas minhas decisões, sem me deixar levar por falsas palavras.
  Surpreendi-me. Surpreendi-me tanto que nem me sinto bem. Não estava, de todo, à espera de reagir daquela maneira. Portanto, fui-me do mesmo modo que cheguei: com um meio sorriso suficientemente convincente, sem medo, com um olhar apagado. Experimentei uma nova sensação de abstracção ou então isto não passou de um mecanismo de fuga do meu corpo. Deixei de sentir o meu coração bater.
  Estou congelada. Estou oura vez congelada.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

it's not ok

  Nós pensamos, pensamos e voltamos a pensar. Pesamos os prós e os contras das nossas decisões. Estudamos diferentes perspectivas, analisamos o que queremos e o que não queremos. Finalmente tomamos uma decisão. Mas, por vezes, quando realmente enfrentamos aquilo em que tínhamos estado a pensar, apenas mudamos a nossa maneira de pensar, sem mais nem menos. Porque aquilo que nos parecia ser o mais correcto, visto a uma luz diferente, começa a afigurar-se-nos como sendo errado. Nós mudamos. Apenas... mudamos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

no sound but the wind

  No passado, o vento fustigava-me o corpo violentamente, como se me quisesse chamar a atenção para alguma coisa. Deixava os meus cabelos em total desalinho, enrolava-me as roupas de um modo caótico. Parecia que me dava chapadas, que me impedia de seguir o meu caminho. Empurrava-me fortemente para trás e obrigava-me a fechar os olhos, para que não me doessem. Às vezes, parecia que gritava comigo.
  Agora, ele está só presente. Aconchega-me quando os outros falham no desempenho da sua função. Já não me desarruma o cabelo e as roupas. Abraça-me e areja-me as ideias. Faz-me festas em vez de me dar chapadas. Envolve-me por completo e ajuda-me no meu caminho, como se me dissesse que este caminho que agora escolhi, é o mais certo.
  O vento é de todo uma boa companhia, mais fiel e presente do que muitas pessoas. E, muitas vezes, fico mais feliz por ouvir apenas o som do vento do que a própria voz de algumas pessoas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

in my bed

  Ela acordou. Olhou para o lado e suspirou de alívio. Contemplou os traços perfeitos do rosto dele, à fraca luz matinal que entrava pela janela mal fechada na noite anterior. Ele era perfeito, mesmo com todos os seus defeitos. Ela conhecia todos os lados dele e, ainda assim, continuava a amá-lo.
  Abandonando estes pensamentos doces, levantou-se cautelosamente da cama. Encaminhou-se para a casa de banho, a fim de tomar um duche e preparar-se para ir fazer o pequeno almoço.
  Sem que ela se apercebesse, ele acordou. deu meia volta à procura do calor do corpo dela mas só encontrou o vazio e o frio do seu lugar. Tomou então consciência do barulho da água correr. Fez exactamente o mesmo percurso que ela tinha feita à cerca de dez minutos.
  Entrou sorrateiramente na banheira e percorreu as costas e os ombros delicados dela com os lábios. Ela sorriu, adorava quando ele fazia isso.
  o pequeno almoço que espere, tenho muito tempo - pensou.
  Virou-se na direcção dele e sussurrou-lhe ao ouvido: eu amo-te.
  eu amo mais , foi o que obteve como resposta.
  E assim ficaram, perdidos entre o calor da água e o calor do próprio corpo, entre o calor do beijo perfeito e o calor do abraço mais que perfeito.

[100 post's , oh yeah!]