sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

ainda fico com os olhos cheios de lágrimas de cada vez que me lembro quão perto estive de te perder

terça-feira, 2 de outubro de 2012

«I'm scared as hell to want you, but here I am, wanting you anyway. And fear means I have something to lose, right? And I don't want to lose you.»

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Yin e Yang; sol e lua; noite e dia; vida e morte; amor e ódio. A simetria perfeita da biologia, o elemento comum da simetria, a complementaridade, a equidistância. Fica, para que nos possamos completar.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Porque é que tem de haver sempre alguma coisa que corre mal? Há sempre uma porra de uma discussão que deixa tudo mal ou faz com que nasçam dúvidas onde não existiam. Só quero sair daqui, adormecer e só voltar a acordar quando tudo estiver bem outra vez.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Já há algum tempo que andava para te escrever alguma coisa aqui.
Começámos de uma maneira inesperada e de certo modo, bastante desequilibrada mas com o tempo isso corrigiu-se. Deixaste de ser a pessoa que me era indiferente e, por vezes, odiada, para passares a ser a pessoa mais amada e valorizada. Não foi súbito, não aconteceu de um momento para o outro; foste ganhando o teu espaço, a tua importância, e agora és tu a minha preocupação.
Eu sei que faço asneira vezes demais, escolho as opções erradas, faço afirmações fora de tempo e às vezes até arranjo problemas onde eles não existem, mas isso só acontece porque eu quero que esta amizade seja a amizade. Muitas vezes é difícil, há traços da personalidade de ambas que chocam e há opiniões divergentes que nunca escondemos, mas o que seria esta amizade sem essa frontalidade? É isso que me deixa feliz. É sempre melhor um acordo do que um dos lados.
A tua ausência não é algo que se possa explicar com o simples uso das palavras; vai muito para além disso. É uma coisa estranha, sabes? És demasiado preciosa para que a distância possa arruinar isso. Pode tornar tudo um pouco mais difícil mas não acaba com nada, a não com as dúvidas que existiam. Mas esta amizade é como tudo: tem altos e baixos, momentos mais que felizes e momentos de crise, mas o facto de haver momentos de discordância não significa que sejas menos importante.
Tu tens um lugar no meu coração, conquistado com mérito, e ninguém to vai tirar nem ninguém te vai substituir. És a minha pessoa, nunca duvides disso. Tenho imenso orgulho em ti; nunca desistas, sim?
Amo-te pessoa, foi uma homenagem merecida 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Não sei quanto tempo mais aguento. É doloroso para o meu pequeno e despedaçado coração continuar assim. Eu quero falar-te, sei bem o que dizer mas também sei que se calhar vais fugir... Não consigo parar de pensar que, se calhar, esperei demais. Talvez devesse já ter dito alguma coisa, talvez devesse ter voltado logo antes que alguém te dissesse aquilo que eu sempre te quis dizer. E agora, falo ou não falo? Repito tudo outra vez e isso dá resultado ou atiro-me de cabeça e bato no fundo porque tu já estás com outra? Não sei, não sei, não sei... Só sei que dói. E que sinto a tua falta. E que não te percebo. E que, mais tarde ou mais cedo, vou falar e vou-me enterrar.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Esses pequenos grandes pedaços de ti em mim são como venenos dolorosos que me intoxicam o corpo e a alma. Desaparece ou fica, não vás ficando.

sábado, 23 de junho de 2012

Não sei o que fazer. Eu sei que desta vez não é como era dantes, mas esta sensação de familiaridade está a deixar-me desorientada. O que é que eu faço, por favor, diz-me o que é que eu faço...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dúvidas. Pensamentos elípticos e irregulares, de velocidade e intensidade indefinidas. Vão e vêm consoante lhes apetece, rasgam-me a razão, levam-me à exaustão, deixam um caminho ensanguentado por tudo o que faço. Isolam-me, enlouquecem-me, tiram-me o norte e de seguida pedem-me que me oriente. Deixam-me em compasso de espera, oferecem-me um cenário de guerra onde luto contra mim e contra a minha dignidade. Mas onde está ela? Acho que já fugiu com medo de mim há muito tempo.
Tu és a minha dúvida, todas as minhas falhas concentradas numa só pessoa. E olhar para ti, consome-me.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tenho vários discursos na minha cabeça, só preciso de escolher um e ligar-te. Estou à distância de um telefonema; para dizer a verdade, estou para aí a 100 metros de distância apenas. Podia tirar todos os fantasmas da minha cabeça com uma simples mas bastante complicada conversa. Se calhar não  vai adiantar de nada, só me vai fazer parecer mais ridícula e perdida, e só te vai dar mais motivos para me afastares, mas os fantasmas perseguem-me constantemente e quero livrar-me deles. Quero livrar-me de ti. Apesar de todo ódio, ainda te amo. Mas já que não tens futuro, és um fantasma que tem de ficar no passado.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Depois de percorrer novamente aquele caminho, parou pouco antes de chegar ao seu destino. Tinha começado a chover. Eram apenas pequenas gotas cruzadas, formavam uma fraca neblina que embaciava a sua visão. Ela abanava ao sabor do vento, para cá e para lá, como se fosse uma das pequenas plantas que lhe acariciavam as pernas desprotegidas. Completou o caminho que lhe faltava e deixou-se envolver pela magia do sítio onde se encontrava. Enquanto esperava que ele voltasse, rezando para que a memória não lhe falhasse, ela lembrou-se dos sonhos. Não eram mais do que meras expressões dos seus desejos mais profundos mas talvez fosse essa profundidade que a incomodava tanto. Lembravam-lhe coisas que não se repetiriam e a força que emanava dos sonhos era tanta que ela teve de se encostar à parede para não cair. Deixou-se escorregar até ao chão e ficou ali, com os joelhos encostados ao peito e os braços à volta deles, escondendo a cabeça lá no meio, na tentativa de se manter inteira até ao momento em que ele invadiria a sua cabeça e a faria sentir-se viva outra vez. Levou algum tempo até isso acontecer. A neblina e as pequenas gotas cruzadas eram agora gotas pesadas e cheias de raiva que doíam ao embater na pele despida de protecção.
Ela começara a chorar; sentia-se demasiado exposta a si própria, não queria que ninguém a visse, mas ele tardava chegar. Numa última tentativa desesperada, encostou a cabeça à parede e olhou, como que em suplicia, para o céu negro arroxeado, que a brindou com um relâmpago e chuva ainda mais forte. E, de repente, ele apareceu. Ainda com mais força do que nas outras vezes, apoderou-se por completo da sua cabeça, do seu corpo. Ela conseguia senti-lo por todo o lado, como se ele estivesse ali fisicamente e não apenas naquela cabeça doente e paranóica. Ela conseguia sentir os lábios dele procurarem sofregamente os seus, a matarem a distância que há tanto tempo se impunha, sentia os dedos de ambos entrelaçados, o abraço reconfortante e protector. Entretanto era constantemente fustigada pelo vento e chuva forte que se fazia sentir. Ela sentia a sua falta como nunca tinha sentido, o seu peito apertava-se de cada vez que se lembrava dele e do seu olhar perfeito.
Levantou-se violentamente e soltou o grito mais agoniante de sempre, até já não ter voz para o continuar, até já lha doer a garganta ao ponto de mal conseguir respirar. Prometeu a si própria nunca mais chorar por ele, nunca mais cometer estes episódios de loucura; e partiu. Nunca mais voltou àquele sítio que outrora fora o seu santuário, nunca mais perdeu o controlo da sua loucura. É verdade que ainda sonha com ele praticamente todas as noites, acorda transtornada e não dorme o resto da noite. Mas agora ele não passa de um sonho, não pode passar de um sonho, é um fantasma que pertence ao passado e que vive no seu interior, assombrando-a mesmo quando ela acha que já é feliz e que nada pode mudar isso. Ele nunca a abandonará, tal como ela nunca o abandonou.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Patética e infantil, a mesma de sempre, sem nunca mudar. Dá tudo e espera receber tudo de volta sem que isso alguma vez chegue a acontecer. Magoada e frustrada, vai ser sempre assim, sempre. Mas não faz mal, não há nada com que ela saiba lidar melhor do que isso.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vejo agora os nossos sítios como se fossem templos, lugares de culto. É suposto serem lugares de paz, onde outrora existiram momento felizes e de grande cumplicidade. E eu sinto falta, sabes, sinto falta daquela cumplicidade. Mas agora já não me faz confusão passar pelos mesmos sítios que percorríamos calmamente de mãos dadas. É óbvio que ainda recordo tudo com grande pormenor, até os sentimentos, mas não é nada com que eu não vá aprendendo a lidar com o passar do tempo. Talvez seja essa necessidade de aprender a lidar com o passado feliz de travo amargo que me estimula a passar tantas vezes pelos meus templos; talvez seja essa necessidade de aprender a controlar os espasmos do meu corpo e as saudades do que deixou um vazio; talvez seja apenas isso.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Tudo acontece por alguma razão e desta vez, tudo isto apenas aconteceu para me mostrar que não preciso de ter medo de ti. Não me estás a perder e não me vais perder, estou mais calma agora e percebo isso com clareza. Agora quem tem medo de te perder sou eu. E tu, estás bem?

domingo, 3 de junho de 2012

Ganhei aquele hábito estranho de olhar para cima quando fico com os olhos rasos de lágrimas, como se esse movimento, esse contemplar do que se encontra acima de mim, pudesse contrariar o efeito da gravidade e aquilo que estava predestinado acontecer. É só o adiar de algo inevitável e sufocante. Mas já devia saber que não posso tentar mudar aquilo que já está a acontecer. Só tenho de me acomodar e resignar, compreender porque é que está a acontecer desta maneira e não de outra. Devo limitar-me a isso, nada mais faz sentido. 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

É nestas alturas que eu percebo como sou pequenina. Não sei o que fazer quando perco alguém, não sei como lidar com essa dor e esse vazio. Tortura-me a ideia de seguir em frente e deixar-te para trás, mas é exactamente isso que mereces. Não posso continuar agarrada a algo que me faz tanto mal como tu e tenho de recuperar as partes de mim que levaste sem pedir autorização.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Entre a luz e escuridão, entre o despertar e o entorpecer, é assim que passo os meus dias. Estou sempre a pensar mas nunca a raciocinar; não há qualquer lógica no que me persegue. Adormeci. Que maneira esplêndida de acabar este mês. Ao menos sei que aprendi mais alguma coisa, ao menos salva-se esse bocado de mim.

domingo, 27 de maio de 2012

Caí para o vazio do abismo ou estou apenas desesperadamente agarrada a uma planta que vai ceder em pouco tempo? Por favor, dá-me a mão, puxa-me para cima...

sábado, 26 de maio de 2012

Um abismo mental. Estou pela ponta dos dedos. Se te chamar alto o suficiente, se te disser as palavras certas, se te falar ao coração e puser a mão no teu pensamento, tu ouves-me e salvas-me. Se não o conseguir, tu vais ficar a ver-me cair até me despedaçar no meio do nada e vais rir-te, como se de uma piada se tratasse.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

As cores mortas da desilusão, da tortura, da dor, da insuficiência e do egoísmo perseguem-me. Não consigo fazer melhor e desistir do que magoa os outros por me magoar a mim. Já nem vale a pena tentar mudar, não quero mudar. Morri para mim.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Esta é, sem dúvida, uma altura de poucas palavras. Sinto um orgulho alheio, não sei bem de onde vem, mas deixa-me feliz. Não sei o que pensar nem o que dizer - a minha comunicação anda meia perdida por aí. Estou feliz, sinto-me feliz e nem sei bem porquê. Deixem-me só ficar como o meu sol e o vento quente, só assim, sem mais nada. Sem palavras para atrapalhar ou ligações para estabelecer.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Tenho saudades da tranquilidade e da paz de espírito que dantes nunca faltava.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Não me vejas - vê através de mim, vê quem eu sou realmente; não te limites à parte superficial. Senta-te comigo e olha-me nos olhos, olha para mim. Deixa-me olhar-te nos olhos, não fujas de mim como uma criança foge de algo que a assusta. Deixa-me olhar para ti, olhar por ti.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Drop everything and go anywhere just to do things with no sense - maybe I would be happier if I do something  like that.

domingo, 6 de maio de 2012

Às vezes apetece-me viver uma experiência de quase-morte para acordar para a vida.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

São os pequenos pormenores que acabam por ser os mais importantes.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Não posso tomar decisões à noite, às 4h, 5h ou 6h da manhã. Na altura parece tudo lógico e acertado, tudo é muito prático e claro mas isso só acontece porque o meu discernimento já foi dormir às horas a que eu também devia ter ido. Depois destas decisões, só me sinto uma falhada porque de dia, a consciência volta e eu percebo que aquilo que decidi simplesmente não está ao meu alcance. É algo que não está nas minhas mãos para que possa ser eu a controlar.

sábado, 28 de abril de 2012

Quando vais na rua, à noite, e começar a chover, pára. Pára e sente as gotas de água acomodarem-se  na tua roupa e humedecerem-na lentamente, até elas se colarem por completo e passarem também a fazer parte de ti. Deixa que a chuva te molhe o rosto e te reconforte à sua maneira, levando tudo o que de mau te acompanha. Sente as gotas encontrarem a palma da tua mão e refrescarem tudo o que nelas fervilha. Deixa-as traçar o caminho das suas vidas em ti, nas tuas mãos, na tua alma, no teu corpo, na tua essência. Entrega-te infinitamente às forças da natureza e serás feliz se abrires a tua mente, se amares tudo o que a natureza te der, se aprenderes tudo o que ela te ensina.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Três anos... Três anos de uma relação infrutífera e desequilibrada. Já devia ter desistido - eu lembro-me que não era assim! Para onde é que eu fui? Quem é que eu sou agora?

domingo, 22 de abril de 2012

Há dias em que só me dá vontade de ficar sentada no parapeito da janela a beber chá, olhar lá para fora e ouvir música; sem fazer mais nada. A disposição e a felicidade simplesmente não dão para mais do que isso. São precisos dias simples e pouco exigentes, sem outras pessoas à minha volta.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Fecho os olhos e tudo à minha volta é preto e longínquo, manchado com cores berrantes. A minha mente desenha perfeitos infinitos a uma velocidade estonteante. Alterna com espirais ascendentes e descendentes, círculos grandes, círculos pequenos; volta aos infinitos. É sempre assim com tudo, inova por uns tempos mas depois volta ao confortável conhecido ou então limita-se a duas ou três opções, repelindo tudo o resto. Deixa-me deslocada de mim e dos outros, assim, sem mais nem menos.

domingo, 15 de abril de 2012

Tristes e mortiços; é assim que ficam os meus olhos quando penso em ti. Falaciosa noção de intimidade. Costumava amar-te e ter-te sempre comigo, ocupando sempre a minha cabeça. Agora, começas a falhar-me, eu começo a falhar-te e a falhar-me. Já não passa de um vazio, já não passo de um vazio porque, na verdade, isto acaba por ser um vazio falsamente preenchido, ao qual eu me agarrava como se fosse a minha salvação. Acabou por se revelar um bilhete, só de ida, para o local mais negro e sem vida de mim.

sábado, 14 de abril de 2012

- Porque choras assim, tão violentamente?
- Porque era tudo perfeito, sabes? Eu era feliz contigo e era tudo perfeito, tão fácil e natural como respirar. Mas perdeu-se. Perdeu-se tudo; perdeu-se a felicidade; perdemo-nos nós... Era tudo tão fácil e perfeito...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sou imatura e fujo quando me assusto ou quando tenho medo de alguma coisa. Muitas vezes, só preciso de alguém que me dê a mão com intenções verdadeiras de me puxar para fora do meu esconderijo e mostrar-me que não há nada a temer. É preciso que esse alguém tenha paciência e consiga aguentar a minha cobardia em esconder-me do que me assusta, do que é demasiado grande para mim.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Estava habituada a tomar conta de todos, a manter toda a gente unida e inteira, por assim dizer. Fui tomando conta de pessoas que não precisavam de mim para nada, deixando, se calhar, os silenciosos necessitados de fora. Que falta de sensibilidade. Ocupei-me disso de tal maneira que me esqueci de mim e da minha necessidade de também ficar unida e inteira. Fui deixando pedaços caírem por aí, sem me dar conta realmente do que tinha perdido. Agora que estou pronta para mim, reparo que não estou inteira e que há muitas coisas importantes que ficaram para trás, perdidas por aí. Nenhuma é recuperável, é apenas remediável.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A cada novo dia e a cada aleatória conversa, vai tudo evoluindo. Vou sonhando mas ao mesmo tempo vou tentando manter os pés na Terra. Não consigo deixar de pensar que isto rascunhos daquilo que será a minha felicidade futura. Não completa satisfação, há zangas e desacordo na maior parte das vezes. Há falta de paciência mas também há bons momentos de cumplicidade. Fecho os olhos e lá estás tu, quase sempre. Acabas por ser o meu paraíso negro.

sábado, 7 de abril de 2012

Estou nervosa, mesmo muito nervosa. Não sou capaz de respirar em condições e tenho um aglomerado de borboletas na barriga, se é que isso é possível. Tenho saudades tuas e não sei como vai ser voltar a ver-te. Preciso mesmo de um abraço teu.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dizes que precisamos ambos de crescer e mudar para eventualmente virmos a funcionar bem. Concordo contigo. Aceito o desafio. Mas não é por ti, é por mim. Preciso de crecer antes de poder fazer seja o que for, seja com quem for. Não sou capaz de dizer se ainda tenho coração porque neste momento não o sinto. É como se no lugar dele estivessem apenas as leves cinzas do que antes era um coração ardente. Mas é assim que tem de ser e é assim que vai ser, daqui em diante. Serei eu e as cinzas do meu coração, no mundo que antes era nosso.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Estou a habituar-me à ideia de que, na verdade, não preciso de ninguém. Preciso de mim e só de mim.

terça-feira, 27 de março de 2012

Sinto-me mais calma, mais despreocupada, mais eu. Nunca desejei tanto umas férias como desejei estas. Também nunca tinha sentido uma exaustão tão severa como esta. Já me orientei, estou a definir-me, aos poucos. Quero continuar assim, só com um pouco mais de força de vontade.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Há pessoas que mudam tanto e tão depressa. Há alturas em que eu olho para elas e nem sei bem para quem estou a olhar. Quem eu achava que conhecia desapareceu. Quem outrora me compreendia, agora já não se esforça sequer em me ouvir. E é assim que as pessoas vão mudando, que as relações se vão perdendo, que tudo se vai afastando. É assim que a distância e a apatia tomam conta de nós.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Preciso de bons dias, dias de riso e de jogos de felicidade. Preciso de manhãs, tardes e noites passados com boas pessoas, não com pessoas como tu. O Sol que me aqueça e o vento que me abrace, a calma que não me deixe e a consciência que me acompanhe; que todas essas coisas fiquem, e eu serei feliz. Se tu partires, ainda serei mais feliz. Faz isso por mim, sim? Não quero mais nada, só quero que me deixes ser feliz.

terça-feira, 20 de março de 2012

Não sou de ferro, muito pelo contrário. Sou uma boneca de pano que está a encher demais e a começar a rebentar pelas costuras. Já não aguento mais, estou completamente no meio limite. Sinto-me patética e fraca por continuar a correr cega atrás de algo inútil. Esgotei as minhas reservas e tudo isto não faz de mim boa pessoa. Aliás, só me torna alguém pior, que tortura os outros porque não sabe o que quer. É tempo de me deixar ir, de te deixar ir.
Eu gosto de estar sozinha. Regra geral, gosto bastante de estar sozinha, de ter o meu próprio sossego. Provavelmente porque já estou habituada. Agora faz-me impressão estar sozinha, quero estar contigo. Mas não posso e também acabo por não querer porque sei que, se não der de mim o suficiente, tu ficas desiludido. Acabo por ficar desconfortável. Há demasiadas dúvidas, desconfianças e pressentimentos para que me sinta bem contigo ou comigo, até.

sábado, 17 de março de 2012

E quando tu vens, eu permito-me ver um pouco mais de ti, ter um pouco mais de ti, sentir um pouco mais de ti, jurando a mim mesma que é a última vez e que depois acabou. Mas não acabou. E quando tu vens, eu dou sempre um pouco mais de mim, ao ponto de me perder quando tu desapareces.

quarta-feira, 14 de março de 2012

- tens sempre as mãos tão quentes...
- mãos quentes coração gelado
Não consegui responder-lhe. As minhas mãos estão sempre geladas. Gelei com elas e com o que ele provavelmente estaria a pensar.

segunda-feira, 12 de março de 2012

«Pára-me um tempo por dentro. Passa-me um tempo por fora.»

domingo, 11 de março de 2012

Estava tudo calmo, com uma temperatura agradável, sem vento, sem mais ninguém. O teu braço batia delicamente no meu e eu reprimia bem lá no fundo o desejo de antecipar tudo o que já sabia vir a acontecer a seguir. Após cinco longos segundos os teus dedos desceram pelo meu pulso e entrelaçaram-se nos meus. Voltaste, tu voltaste.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Eu nunca mudo, nunca aprendo. Continuo a cometer os mesmos erros, vezes e vezes sem conta, experimentando apenas diferentes maneiras de o fazer. Falta-me a vontade para mudar, para enfrentar o que mais me assusta e o que me deixa mais desarmada. E é assim que vou ficando fraca, susceptível a tudo e a todos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Bang. Bati no fundo. Está na hora de voltar à superfície.