quinta-feira, 28 de junho de 2012
Esses pequenos grandes pedaços de ti em mim são como venenos dolorosos que me intoxicam o corpo e a alma. Desaparece ou fica, não vás ficando.
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sábado, 23 de junho de 2012
Não sei o que fazer. Eu sei que desta vez não é como era dantes, mas esta sensação de familiaridade está a deixar-me desorientada. O que é que eu faço, por favor, diz-me o que é que eu faço...
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quarta-feira, 20 de junho de 2012
Dúvidas. Pensamentos elípticos e irregulares, de velocidade e intensidade indefinidas. Vão e vêm consoante lhes apetece, rasgam-me a razão, levam-me à exaustão, deixam um caminho ensanguentado por tudo o que faço. Isolam-me, enlouquecem-me, tiram-me o norte e de seguida pedem-me que me oriente. Deixam-me em compasso de espera, oferecem-me um cenário de guerra onde luto contra mim e contra a minha dignidade. Mas onde está ela? Acho que já fugiu com medo de mim há muito tempo.
Tu és a minha dúvida, todas as minhas falhas concentradas numa só pessoa. E olhar para ti, consome-me.
Tu és a minha dúvida, todas as minhas falhas concentradas numa só pessoa. E olhar para ti, consome-me.
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segunda-feira, 18 de junho de 2012
Tenho vários discursos na minha cabeça, só preciso de escolher um e ligar-te. Estou à distância de um telefonema; para dizer a verdade, estou para aí a 100 metros de distância apenas. Podia tirar todos os fantasmas da minha cabeça com uma simples mas bastante complicada conversa. Se calhar não vai adiantar de nada, só me vai fazer parecer mais ridícula e perdida, e só te vai dar mais motivos para me afastares, mas os fantasmas perseguem-me constantemente e quero livrar-me deles. Quero livrar-me de ti. Apesar de todo ódio, ainda te amo. Mas já que não tens futuro, és um fantasma que tem de ficar no passado.
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quinta-feira, 14 de junho de 2012
Depois de percorrer novamente aquele caminho, parou pouco antes de chegar ao seu destino. Tinha começado a chover. Eram apenas pequenas gotas cruzadas, formavam uma fraca neblina que embaciava a sua visão. Ela abanava ao sabor do vento, para cá e para lá, como se fosse uma das pequenas plantas que lhe acariciavam as pernas desprotegidas. Completou o caminho que lhe faltava e deixou-se envolver pela magia do sítio onde se encontrava. Enquanto esperava que ele voltasse, rezando para que a memória não lhe falhasse, ela lembrou-se dos sonhos. Não eram mais do que meras expressões dos seus desejos mais profundos mas talvez fosse essa profundidade que a incomodava tanto. Lembravam-lhe coisas que não se repetiriam e a força que emanava dos sonhos era tanta que ela teve de se encostar à parede para não cair. Deixou-se escorregar até ao chão e ficou ali, com os joelhos encostados ao peito e os braços à volta deles, escondendo a cabeça lá no meio, na tentativa de se manter inteira até ao momento em que ele invadiria a sua cabeça e a faria sentir-se viva outra vez. Levou algum tempo até isso acontecer. A neblina e as pequenas gotas cruzadas eram agora gotas pesadas e cheias de raiva que doíam ao embater na pele despida de protecção.
Ela começara a chorar; sentia-se demasiado exposta a si própria, não queria que ninguém a visse, mas ele tardava chegar. Numa última tentativa desesperada, encostou a cabeça à parede e olhou, como que em suplicia, para o céu negro arroxeado, que a brindou com um relâmpago e chuva ainda mais forte. E, de repente, ele apareceu. Ainda com mais força do que nas outras vezes, apoderou-se por completo da sua cabeça, do seu corpo. Ela conseguia senti-lo por todo o lado, como se ele estivesse ali fisicamente e não apenas naquela cabeça doente e paranóica. Ela conseguia sentir os lábios dele procurarem sofregamente os seus, a matarem a distância que há tanto tempo se impunha, sentia os dedos de ambos entrelaçados, o abraço reconfortante e protector. Entretanto era constantemente fustigada pelo vento e chuva forte que se fazia sentir. Ela sentia a sua falta como nunca tinha sentido, o seu peito apertava-se de cada vez que se lembrava dele e do seu olhar perfeito.
Levantou-se violentamente e soltou o grito mais agoniante de sempre, até já não ter voz para o continuar, até já lha doer a garganta ao ponto de mal conseguir respirar. Prometeu a si própria nunca mais chorar por ele, nunca mais cometer estes episódios de loucura; e partiu. Nunca mais voltou àquele sítio que outrora fora o seu santuário, nunca mais perdeu o controlo da sua loucura. É verdade que ainda sonha com ele praticamente todas as noites, acorda transtornada e não dorme o resto da noite. Mas agora ele não passa de um sonho, não pode passar de um sonho, é um fantasma que pertence ao passado e que vive no seu interior, assombrando-a mesmo quando ela acha que já é feliz e que nada pode mudar isso. Ele nunca a abandonará, tal como ela nunca o abandonou.
Ela começara a chorar; sentia-se demasiado exposta a si própria, não queria que ninguém a visse, mas ele tardava chegar. Numa última tentativa desesperada, encostou a cabeça à parede e olhou, como que em suplicia, para o céu negro arroxeado, que a brindou com um relâmpago e chuva ainda mais forte. E, de repente, ele apareceu. Ainda com mais força do que nas outras vezes, apoderou-se por completo da sua cabeça, do seu corpo. Ela conseguia senti-lo por todo o lado, como se ele estivesse ali fisicamente e não apenas naquela cabeça doente e paranóica. Ela conseguia sentir os lábios dele procurarem sofregamente os seus, a matarem a distância que há tanto tempo se impunha, sentia os dedos de ambos entrelaçados, o abraço reconfortante e protector. Entretanto era constantemente fustigada pelo vento e chuva forte que se fazia sentir. Ela sentia a sua falta como nunca tinha sentido, o seu peito apertava-se de cada vez que se lembrava dele e do seu olhar perfeito.
Levantou-se violentamente e soltou o grito mais agoniante de sempre, até já não ter voz para o continuar, até já lha doer a garganta ao ponto de mal conseguir respirar. Prometeu a si própria nunca mais chorar por ele, nunca mais cometer estes episódios de loucura; e partiu. Nunca mais voltou àquele sítio que outrora fora o seu santuário, nunca mais perdeu o controlo da sua loucura. É verdade que ainda sonha com ele praticamente todas as noites, acorda transtornada e não dorme o resto da noite. Mas agora ele não passa de um sonho, não pode passar de um sonho, é um fantasma que pertence ao passado e que vive no seu interior, assombrando-a mesmo quando ela acha que já é feliz e que nada pode mudar isso. Ele nunca a abandonará, tal como ela nunca o abandonou.
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terça-feira, 12 de junho de 2012
Patética e infantil, a mesma de sempre, sem nunca mudar. Dá tudo e espera receber tudo de volta sem que isso alguma vez chegue a acontecer. Magoada e frustrada, vai ser sempre assim, sempre. Mas não faz mal, não há nada com que ela saiba lidar melhor do que isso.
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sexta-feira, 8 de junho de 2012
Vejo agora os nossos sítios como se fossem templos, lugares de culto. É suposto serem lugares de paz, onde outrora existiram momento felizes e de grande cumplicidade. E eu sinto falta, sabes, sinto falta daquela cumplicidade. Mas agora já não me faz confusão passar pelos mesmos sítios que percorríamos calmamente de mãos dadas. É óbvio que ainda recordo tudo com grande pormenor, até os sentimentos, mas não é nada com que eu não vá aprendendo a lidar com o passar do tempo. Talvez seja essa necessidade de aprender a lidar com o passado feliz de travo amargo que me estimula a passar tantas vezes pelos meus templos; talvez seja essa necessidade de aprender a controlar os espasmos do meu corpo e as saudades do que deixou um vazio; talvez seja apenas isso.
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quarta-feira, 6 de junho de 2012
Tudo acontece por alguma razão e desta vez, tudo isto apenas aconteceu para me mostrar que não preciso de ter medo de ti. Não me estás a perder e não me vais perder, estou mais calma agora e percebo isso com clareza. Agora quem tem medo de te perder sou eu. E tu, estás bem?
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domingo, 3 de junho de 2012
Ganhei aquele hábito estranho de olhar para cima quando fico com os olhos rasos de lágrimas, como se esse movimento, esse contemplar do que se encontra acima de mim, pudesse contrariar o efeito da gravidade e aquilo que estava predestinado acontecer. É só o adiar de algo inevitável e sufocante. Mas já devia saber que não posso tentar mudar aquilo que já está a acontecer. Só tenho de me acomodar e resignar, compreender porque é que está a acontecer desta maneira e não de outra. Devo limitar-me a isso, nada mais faz sentido.
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sexta-feira, 1 de junho de 2012
É nestas alturas que eu percebo como sou pequenina. Não sei o que fazer quando perco alguém, não sei como lidar com essa dor e esse vazio. Tortura-me a ideia de seguir em frente e deixar-te para trás, mas é exactamente isso que mereces. Não posso continuar agarrada a algo que me faz tanto mal como tu e tenho de recuperar as partes de mim que levaste sem pedir autorização.
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