quarta-feira, 7 de setembro de 2011

carta a Hank

  Querido Hank,

  Tenho saudades tuas. Eu sei que te vi hoje mas foi como se não te tivesse visto. Aqueles dois minutos não foram nada, ou pelo menos, quase nada.
  O que me baralha mais, no meio disto tudo, é que, depois de toda a nossa cumplicidade, mal somos capazes de olhar um para o outro. Na minha cabeça já não surgem imagens tuas. Consegui finalmente afastar-te de mim. Mas, meu Deus, eu amei-te tanto... E custou-me tanto afastar-te, pôr-te de parte. Agora sinto-me um pouco vazia mas não é nada que não se suporte bem.
  Estou-te muito grata por tudo o que me ensinaste. Ainda bem que o meu caminho se cruzou com o teu. Ainda bem que eu acabei por conseguir apanhar aquele autocarro. Obrigado por teres começado a falar comigo desde então.
  Mudei muito desde essa altura. Tu mudaste-me, Hank. Fizeste-me crescer e fizeste-me perceber que, muitas vezes, se quiser ser feliz, vou ter de arriscar e abandonar a minha zona de segurança. Ensinaste-me muita coisa e eu não tenho a certeza se alguma vez conseguirei retribuir isso. Só lamento não ter arriscado mais vezes, nem ter lutado quando e como devia.
  Agora já não quero voltar ao nosso tempo. Segui em frente e estou feliz por tu também o teres feito. De certo modo, vou sempre amar-te e vais sempre ter o teu lugarzinho aqui dentro. Nunca te esqueças que, independentemente do que alguma vez acontecer, vais ter sempre aqui alguém para te ouvir e apoiar. Quero que saibas que vais ter sempre aqui um porto seguro, como me costumavas chamar. Espero também poder sempre contar contigo, ou quase sempre.
  Eu perdoo-te por tudo o que me fizeste, consciente ou inconscientemente. E tu, perdoas-me por todas as atitudes erradas e patéticas que tive contigo? Espero que algum dia possamos recuperar tudo aquilo que perdemos. Quero voltar a conseguir falar contigo como falava. Era bastante agradável...
  Seja como fôr, volto a dizer-te, tenho saudades tuas. Espero um dia vir a gastar (ou apenas aproveitar) uma tarde para conversar contigo, como não fazemos à muito tempo.
  Com amor,
Katherine.


  P.S.: E Hank, lembra-te sempre de uma coisa: quando estiveres triste, sonha ♥

1 comentário:

Mara Alves disse...

ADORO e acho muito bem!