sábado, 31 de dezembro de 2011

último post de 2011

Obrigada a todos os que tiveram presentes neste ano que passou. Alguns de vocês foram importantes, outros não. Gostei de conhecer novas pessoas e de conhecer ainda melhor aquelas que já pensava conhecer. Agradeço a todos o apoio que me deram, todos os abraços que me deram, todas as lágrimas que me limparam, todos os sorrisos que me ofereceram.
Foi um ano um pouco complicado mas com ele aprendi muito. Fartei-me de cometer erros, magoei bastante algumas pessoas mas agradeço por elas me terem perdoado. Tudo o que me fizeram aprender foi precioso e muito útil. Espero não voltar a cometer os mesmos erros no futuro.
Espero que 2012 me ensine tanto como 2011 me ensinou, espero que todas as boas pessoas que estiveram presentes neste ano, continuem presentes no próximo ano porque agora que aprendi a viver com elas, não sei se quero que elas me abandonem! Quero um 2012 com alegria, saúde, juízo, companhia, amizade, amor, paciência, coragem e empenho. Quero um 2012 com tudo a que tenho direito!
Sem esquecer, desejo a todos um feliz 2012 :D

Não é 2012 que tem de ser diferente, sou eu.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Há certas músicas que têm efeitos fantásticos sobre o meu estado de espírito e sobre o que desejo. Heartbeats , faz com que eu perceba o quanto eu sinto falta dos dias de chuva, do som das gotas pesadas a caírem lá fora, fazendo-me sentir feliz e segura. Faz-me também sentir falta das pessoas com quem mais lido no meu dia-a-dia. Lembra-me os abraços reconfortantes, as palavras de apoio, os risos e sorrisos descontraídos, os olhares cúmplices, os beijos perfeitos.
Lembra-me tudo o que é bom e faz-me sentir falta disso.

(para ouvirem a música, cliquem em cima da palavra heartbeats)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Fizeste parte de mim demasiado tempo. Consumiste todos os meus sentimentos, despertaste emoções estranhas e que eu não fazia a mínima ideia que existiam, brincaste comigo até me tornares uma pessoa fria e amarga. Fizeste-me prometer a mim própria que nunca mais choraria por ti, promessa essa que mantenho com muito orgulho. Pergunto-me se alguma vez  vais deixar de estar presente em mim, se alguma vez vou deixar de sentir falta da tua presença no meu pensamento. Vistas bem as coisas, tu tens razão, a nossa história acabou por ser uma coisa bonita.

sábado, 24 de dezembro de 2011

A rua era cinzenta, tinha um ar desleixado. Na calçada já haviam pedras em falta. Havia lixo espalhado no chão, um odor pouco agradável pairava no ar. Era de noite e estava frio. As lâmpadas dos candeeiros já estavam velhas, tornando-se a luz fraca e intermitente. Joanne percorria toda a rua, apavorada, na esperança de chegar depressa a casa. Eram os cinco minutos mais tortuosos do seu dia.
O restolhar das folhas velhas no chão transformava-se nos passos de alguém que a seguia; os assobios do vento eram as vozes que a chamavam, tentando aliciá-la; a escassez de luz era uma mar de paranóias que a perseguiam. Uma vez mais, Joanne olhou por cima do ombro. A sua visão periférica captára algum movimento. Era a sua sombra, apenas a sua sombra. Joanne era perseguida pela sua sombra, pela sua ignorância. Finalmente o fim da rua aproximava-se. Alcançou a porta de casa e subiu os degraus da entrada dois a dois. Finalmente sentia-se segura: estava em casa. Já não havia sombra que a perseguisse nem ignorância que a atormentasse.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Da ponta oposta da mesa ele observava-a. Controlava cada respiração e cada suspiro dela. Media todos oss passos, todos os seus movimentos. Ela arrumava ass coisas espalhadas em cima da mesa, ignorando o controlo a que era submetida.
Da ponta oposta da mesa ele observava-a, com aquele olhar azul-esverdeado que a deixava hipnotizada. Ele seguia-a com o olhar vazio. Queria-a mas não lhe podia dizer. Queria-a mas não sabia como se fazer entender.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Libertar-me de tudo e atirar-me de cabeça é o meu próximo objectivo. Vai correr bem? O que interessa é se vai correr. Conheço-te bem? Não importa, posso aprender-te. Vou errar? Provavelmente, mas quem seria eu sem todos os meus erros?
Mas tenho medo. Não sei o que tu queres e também não sei o que eu quero.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

no fim de tudo, só tenho saudades do teu abraço, aquele abraço quente que me envolvia o corpo por completo e me fazia sentir inteira. tenho saudades tuas e não posso fazer nada para o mudar...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

You'll follow me back
With the sun in your eyes
And on your own
 
Bedshaped - Keane

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tu eras como os dias de chuva a seguir a semanas contínuas de frio. O frio não se ia embora mas aquecia um pouco mais, eu continuava gelada mas tu deixavas-me feliz.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

sim, dói como o caralho. ser segunda opção é fudido e desta vez não vou ficar calada. vais ouvir da minha boca que mesmo sendo tu o meu ponto fraco, vou lutar contra isso e quando voltares, vais-te embora ainda mais depressa do que vieste.

domingo, 11 de dezembro de 2011

É um facto, os sonhos são lixados. Apoderam-se de mim e dos meus pensamentos, corroem-me e destroiem-me. São perfeitos, demasiado perfeitos. Não retratam a realidade, apenas reproduzem os nossos desejos mais profundos. Torna-se insuportável quando as imagens perfeitas dos sonhos me perseguem e não dão tréguas à minha mente para ela poder descansar e recompôr-se. Faz-me um favor: decide-te - ou te aproximas e ficas ou te afastas e deixas alguém ocupar o teu lugar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Receei já não saber como o fazer. Receei ter-me esquecido de como devia mexer as pernas e os braços, como deslizar, como flutuar. Pode parecer que sim mas é algo que nunca se esquece. Nunca. Soube-me bem. É verdade que parecia uma estúpida a sorrir, mas há muito tempo que não sentia tão feliz por estar a nadar. Sei que amanhã vou acordar com dores em todo o corpo mas não me importo. Fazem parte de mim, da minha felicidade. Senti falta delas. E dos risos. E das piadas secas. E de tudo. Estou de volta. É bom estar de volta.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pára de andar sempre preocupado com o "será que alguém nos viu?". Não eras tu que dizias que a vida é tua e que, por isso, fazes o que quiseres sem teres de dar explicações a ninguém? Parece-me que com o passar do tempo invertemos as posições.
"A subtileza não faz muito o teu estilo. Just kidding!"
obrigadinha ;)
*verídico*

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

É estranho porque agora o que me liga a ti é a minha cabeça, não o meu coração. Parecendo que não, torna tudo muito mais difícil.
Ciúmes emocionais e ciúmes obsessivos. Alguém já ouviu falar? Alguém sabe como lidar com eles? Pois bem, acabei de descobrir que os dois piores tipos de ciúme afectam os meus dias. Bela merda! Alguma sugestão sobre como gerir uma crise de ciúmes deste tipo?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Devia ter-me certificado de que este degrau era seguro. Subi-o à maluca e torci o pé. Ninguém esteve lá para me segurar e acabei por fraquejar. Ergui-me rapidamente, ignorando a queda e seguindo em frente, como se tudo não passasse de uma ilusão.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

  - os teus olhos parecem pequenas boquinhas que dizem tudo o que vai na tua cabeça
  Estaquei. Não, eu não podia ser tão transparente. Ele não podia ver-me. Ele não podia ver as minhas dúvidas, as minhas questões, certezas ou constatações. Não podia nem pode! Mas por outro lado, se os meus olhos realmente fossem pequenas boquinhas, então porque é que ele não me responde à pergunta que domina o meu pensamento?
  Aninhei-me no seu colo e olhei-o nos olhos, tentando ver o seu interior, da mesma maneira que dizia fazer comigo. Parecia calmo, com o olhar limpo, sem nada negativo a perturbá-lo. Decidi arriscar.
  - é verdade...? - a minha voz era quase inaudível. No olhar dele apareceu um laivo de receio.
  - o quê? não te percebi. - uma resposta seca. Alguma preocupação. E mais receio.
  - é verdade que... - engoli em seco - que...
  - que...?
  Libertei-me do medo. Tinha de saber. Fechei os olhos, respirei fundo. Ao abrir novamente os olhos fui prendada com um olhar curioso e penetrante mas também um pouco receoso. Exalei com força. Tive um assomo de coragem.
  - é verdade que também estás com ela? é verdade que ao mesmo tempo que estás comigo, estás também com ela? - tropecei nas palavras, enrolei-as todas mas foi um alívio.
  O olhar dele fechou-se, esmoreceu. Franziu o sobrolho, desfez o abraço e não respondeu.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Não consigo evitar sentir-me a flutuar e confortável quando estou contigo. Deixas-me assim, meio desarmada. É estranho. Mas tens de ter cuidado comigo, não sou tão forte como pareço.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

  É tão bom quando percebo que, a partir de um dado momento, tudo o que dantes me afectava e estava sempre presente na minha cabeça, agora já não está. É bom conseguir separar umas coisas das outras. Faz de mim uma pessoa mais feliz mas também um pouco fria em relação a certos aspectos. Mas não importa, vou-me habituar depressa.

*foto tirada por mim*

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Não estou em condições de criticar ou julgar alguém, seja ele ou ela quem for.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

escola. más notas. castigo. discussões. gritos. chatices. falta de paciência. cansaço. pressão. insucesso. confusão. decisões. indecisões. fuga às decisões. responsabilidade. ou falta dela. amor. ou ódio. relação. ou solidão. falta de paciência outra vez. amizade. destruição. confiança. ou falta dela. inseguranças. apoio. abraço. sorriso. cheiro reconfortante. toque. mãos dadas. dedos entrelaçados. escuro. noite. fim de tarde. terça-feira. quarta-feira. sozinha. ou acompanhada. companhia. indecisões outra vez. congelamento. sentimentos. ou falta deles. frieza. estou perdida. quero estar contigo. não to posso dizer. abraça-me. não me deixes. larga-me. vai-te embora. desconfiança. a tua presença. volta. convence-me. prova-me que não te esqueceste. de nada. fica. nunca me deixes. e fala. acima de tudo. fala.

*boa noite*

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Não gosto de ti mas gosto bastante de estar contigo. Já não te amo mas deixas-te um espaço vazio. Queria que outra pessoa o ocupasse mas tu defende-lo e não deixas que mais ninguém se aproxime. Diz-me uma coisa, não achas que me devias deixar partir, tal como eu já te deixei?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

«Não brinques com os sentimentos dos outros só porque não tens a certeza dos teus sentimentos.»

terça-feira, 15 de novembro de 2011

  Fechei uma porta, abriu-se uma janela. O problema é que tentei abrir novamente a porta, fazendo com que a janela se comece a fechar. Tento a todo o custo manter o frágil equilíbrio entre a janela aberta e a porta entreaberta, na esperança de um conseguir achar o equilíbrio perfeito para manter ambas abertas.

domingo, 13 de novembro de 2011



«é difícil pensar positivo quando tudo corre mal.»

  Não há nada mais difícil do que fazer precisamente isto. Parece que o mundo nos vai cair em cima assim, sem mais nem menos.
  Mas o que é que eu posso fazer? Nada. Só posso lutar contra o que me está a deitar abaixo, ir procurando os pedaços que fui perdendo, voltar a juntá-los, manter-me inteira ou, pelo menos, tanto quanto me for possível.
  Vistas bem as coisas, se não existissem estes pequenos momentos de dúvida e de esmagamento, quem seria eu? Não passaria de mais um ser humano qualquer que anda por aí a vaguear, sem rumo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

keep calm

Keep calm and carry on porque se não for assim, ainda parto o focinho a alguém !

terça-feira, 8 de novembro de 2011

  Finalmente percebi que não consigo falar contigo porque simplesmente não me apetece. Não é por ficar com as palavras presas ou por não ter oportunidades, é porque não quero. Estamos bem, como nunca estivemos. Não é saudável viver numa mentira mas é tentador alimentar essa mentira quando ela acaba por nos trazer alguma felicidade e satisfação. Nada dura para sempre por isso, desta vez, eu escolho o caminho mais fácil. Se as coisas vão acabar por mudar, quase de certeza para pior, porque não aproveitar agora,  enquanto ainda correm bem?

domingo, 6 de novembro de 2011

E pronto, apesar de já saber como as coisas são e como é que tu funcionas, continuo a acreditar que comigo podes ser diferente. Uma vez mais, engano-me.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Onde está a força para impôr a minha vontade? E a confiança? E a honestidade? Porque é que tens de ser sempre assim, tão desonesto e aproveitador?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011


não sentes falta da cumplicidade? eu sinto

sábado, 29 de outubro de 2011

erros e desilusões

  Costumo dizer que levo muito tempo a confiar nas pessoas e a entregar-me realmente a elas. Às vezes há excepções, surgem pessoas na minha vida que inspiram mais confiança e eu entrego-me por completo. Já deveria saber que, na maioria das vezes, não é muito recomendado mas há alturas em que até corre bem e tudo funciona.
  Contudo, há aquelas pessoas que eu penso que conheço ou que penso que não seriam capazes de fazer determinadas coisas. Mais uma vez, chego à conclusão de que toda a gente é capaz de fazer tudo. E é assim que eu deixo de confiar nas pessoas. Caio constantemente no erro de confiar nelas e dar segundas oportunidades por acho que os erros podem ser emendados e perdoados. Mas e se as pessoas voltam a cometer o mesmo erro? E se as pessoas voltam a desiludir-nos?
  Ás vezes pergunto a mim própria como é que essas pessoas ainda são capazes de me olhar nos olhos e sorrir, como se nunca me tivessem magoado ou desiludido, como se nunca tivessem feito nada de mal, como se, no meio disto tudo, o único ser humano que está errado sou eu.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

todos temos fases

  Sou um pouco como a Lua: tenho fases. Oscilo entre o sim e o não com alguma regularidade. Tenho alturas em que estou disposta a fazer tudo por nada e tenho alturas em que estou disposta a não fazer nada e esperar que tudo venha ter comigo.
  Neste momento, estou numa transição. Estou à espera que as palavras certas venham ter comigo no momento certo. Estou próxima da fase em que tudo vai ser dito sem escrúpulos. Estou próxima da fase em que vou ter de ser directa e vou ter de me impôr. Só não estou pronta para as consequências mas ainda tenho algum tempo para me preparar.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

fim do mundo

  Hoje é o fim do mundo.
  É uma afrimação estúpida e eu não acredito nela. Contudo, não consegui evitar que isto ficasse a remoer dentro da minha cabeça.
  Só conseguia pensar em como ainda tinha coisas por dizer, muitas coisas. Sobretudo, tinha coisas para te dizer sobre as tuas atitudes comigo, ultimamente. Não me tens respeitado mas, diga-se de passagem, eu também  não me tenho esforçado muito para tu percebas que eu não me sinto bem. Tens invadido a minha zona de conforto, fazendo-me sentir desconfortável.
  Ora portanto, o que eu te quero dizer antes de o mundo acabar é que realmente eu gostei muito de ti e, em tempos, não me importei que fizesses de mim o que querias. Mas agora importo-me e digo que já chega.
  Precisamos de falar, antes que o mundo acabe. Antes que o nosso mundo acabe e que a nossa amizade morra com ele por causa de caprichos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

asneiras

  Continuo congelada , isso não muda. Mas agora estou numa luta com a minha consciência. Tenho perguntas, demasiadas perguntas, que não me largam. Insistem em sair nas alturas erradas ou então não sair. Estou a fazer asneira, tenho a perfeita consciência disso. Posso facilmente pôr um fim nessa asneira mas ao mesmo tempo não posso. Vai custar porque implica que sejam feitas algumas perguntas difíceis, com respostas difíceis e reacções ainda piores. Vai custar  mas vai ter de ser. Não posso perder o controlo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

frozen

  Pensei que tudo recomeçara. Que estávamos a voltar ao passado, que eu sentia o mesmo e que tu também sentias o mesmo. Contudo, percebi que não o sinto e que desta vez é diferente. Não é dito da boca para fora, é sentido. Também percebi que evoluí um pouco mais e que consigo ser firme nas minhas decisões, sem me deixar levar por falsas palavras.
  Surpreendi-me. Surpreendi-me tanto que nem me sinto bem. Não estava, de todo, à espera de reagir daquela maneira. Portanto, fui-me do mesmo modo que cheguei: com um meio sorriso suficientemente convincente, sem medo, com um olhar apagado. Experimentei uma nova sensação de abstracção ou então isto não passou de um mecanismo de fuga do meu corpo. Deixei de sentir o meu coração bater.
  Estou congelada. Estou oura vez congelada.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

it's not ok

  Nós pensamos, pensamos e voltamos a pensar. Pesamos os prós e os contras das nossas decisões. Estudamos diferentes perspectivas, analisamos o que queremos e o que não queremos. Finalmente tomamos uma decisão. Mas, por vezes, quando realmente enfrentamos aquilo em que tínhamos estado a pensar, apenas mudamos a nossa maneira de pensar, sem mais nem menos. Porque aquilo que nos parecia ser o mais correcto, visto a uma luz diferente, começa a afigurar-se-nos como sendo errado. Nós mudamos. Apenas... mudamos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

no sound but the wind

  No passado, o vento fustigava-me o corpo violentamente, como se me quisesse chamar a atenção para alguma coisa. Deixava os meus cabelos em total desalinho, enrolava-me as roupas de um modo caótico. Parecia que me dava chapadas, que me impedia de seguir o meu caminho. Empurrava-me fortemente para trás e obrigava-me a fechar os olhos, para que não me doessem. Às vezes, parecia que gritava comigo.
  Agora, ele está só presente. Aconchega-me quando os outros falham no desempenho da sua função. Já não me desarruma o cabelo e as roupas. Abraça-me e areja-me as ideias. Faz-me festas em vez de me dar chapadas. Envolve-me por completo e ajuda-me no meu caminho, como se me dissesse que este caminho que agora escolhi, é o mais certo.
  O vento é de todo uma boa companhia, mais fiel e presente do que muitas pessoas. E, muitas vezes, fico mais feliz por ouvir apenas o som do vento do que a própria voz de algumas pessoas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

in my bed

  Ela acordou. Olhou para o lado e suspirou de alívio. Contemplou os traços perfeitos do rosto dele, à fraca luz matinal que entrava pela janela mal fechada na noite anterior. Ele era perfeito, mesmo com todos os seus defeitos. Ela conhecia todos os lados dele e, ainda assim, continuava a amá-lo.
  Abandonando estes pensamentos doces, levantou-se cautelosamente da cama. Encaminhou-se para a casa de banho, a fim de tomar um duche e preparar-se para ir fazer o pequeno almoço.
  Sem que ela se apercebesse, ele acordou. deu meia volta à procura do calor do corpo dela mas só encontrou o vazio e o frio do seu lugar. Tomou então consciência do barulho da água correr. Fez exactamente o mesmo percurso que ela tinha feita à cerca de dez minutos.
  Entrou sorrateiramente na banheira e percorreu as costas e os ombros delicados dela com os lábios. Ela sorriu, adorava quando ele fazia isso.
  o pequeno almoço que espere, tenho muito tempo - pensou.
  Virou-se na direcção dele e sussurrou-lhe ao ouvido: eu amo-te.
  eu amo mais , foi o que obteve como resposta.
  E assim ficaram, perdidos entre o calor da água e o calor do próprio corpo, entre o calor do beijo perfeito e o calor do abraço mais que perfeito.

[100 post's , oh yeah!]

terça-feira, 27 de setembro de 2011

parabéns pequenino ♥

  Como eu sou uma menina muito querida, decidi escrever um post só para te dar os parabéns!
  Espero que tenhas tido um dia fantástico e que tenha corrido tudo tal e qual como querias. Para variar tenho de ser um bocadinho lamechas e agradecer-te por tudo e por nada, não é? Obrigada por me aturares e por seres tão paciente comigo.
  Portanto, qqctma, refúgio, pequenino, peixinho ou "irmão mais velho", muitos PARABÉNS !
  Gosto muito de si :)

parabéns gémea ♥

 
  Eu sei que já te dei os parabéns pessoalmente e também no facebook mas achei que podia fazer-te uma surpresa e dar-te aqui também :)
  Só quero que saibas que mesmo que por vezes não estejamos de acordo , eu vou estar sempre presente para te apoiar para tudo o que precisares. Depois de todos os abanões que já levámos, o facto de não nos termos separado quer dizer alguma coisa, não?
  Pronto, já chega de lamechices!
  Muitos beijinhos, mais uma vez parabéns e as melhoras do teu joelho !

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ombro amigo

  - Estás bem?
  Na sua cabeça, ela procurava a melhor resposta. Dizer que sim seria o equivalente a mentir à descarada mas também não o queria preocupar ou tirá-lo do seu actual estado de felicidade. Além de que ela não tinha hipóteses, não lhe conseguia mentir, ele sabia exactamente o que lhe pairava no espírito.
  - Eu... - hesitou, baixou o olhar. voltou a fitar aquele penetrante olhar azul-esverdeado - Eu... não estou nos meus melhores dias. não estou a 100% mas vou andando, com calma.
  - Mas o que se passa?
  - Hmm... nada de especial ou melhor nada em especial. Passam-se demasiadas coisas, sabes? Quer dizer... esquece, é melhor.
  - Nem penses! Tu não estás bem. Começa a falar, estou à espera.
  - Epá, sabes que mais?! Um dia disseste-me que eras um excelente ombro amigo, perfeito para quando precisamos de chorar. Quero ver essa tua utilidade, então!
  Dito isto, desfez-se em lágrimas no abraço apertado e reconfortante dele. Tudo ia ficar bem, agora sentia-se segura disso. Contudo, tinha consciência de que essa sensação a abandonaria, da mesma maneira que aqueles braços também a abandonariam. Apertou-o com mais força e sentiu um novo soluço subir-lhe pela garganta.
  E assim ficaram eles, durante algum tempo, até ela ter esgotado todas as lágrimas, até ele ter os braços doridos de tanto a apertar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

just let me run

  - tenho saudades de correr
  - isso não faz sentido. passas a vida a correr e ainda para mais ainda é obrigada a correr em educação física
  - exactamente! não corro porque quero, corro porque sou obrigada
  - sim, tens razão..
  - sinto que a vida corre por mim, sem me pedir autorização, deixando-me para trás. quero correr livremente, até não conseguir mais. quero esticar as pernas como não faço à muito tempo. quero correr até não conseguir respirar e ver tudo à minha volta a girar. eras capaz de me acompanhar?
  - achas que alguma vez te abandonaria?
  Ele deu-lhe a mão e seguiram juntos por aí a fora, a correr, até não conseguirem mais e verem tudo a girar, até ele lhe provar que nunca a deixaria para trás.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

amizade

  - estás disposto a dar uma segunda oportunidade à nossa amizade?
  - sim. acho que pode resultar. confio em ti e começo a confiar um pouco mais em mim
  - e eu confio mais em ti do que em mim
  - provaste-me que podia continuar a confiar em ti, que nesse aspecto nada tinha mudado, por isso achei justo dar-te uma segunda oportunidade
  - obrigada :)
  - de nada. já tinha saudades desse sorriso...
  - eu também meu pequeno, eu também...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

regresso

  Bem, acho que estou preparada para voltar à minha rotina de sempre. Mas não quero apenas voltar, quero ter completo controlo naquilo que vou fazer, quero aproveitar realmente, na medida do possível. Estou pronta para novas aventuras, para estudar muito, para me divertir, para me chatear, para surpreender. Estou pronta para dar segundas oportunidades a quem precisar, para me adaptar, para mudar, para refilar. Estou pronta para tudo!
  Portanto, 11º ano? Ele que venha! Espero que tudo corra bem, espero mesmo.

domingo, 11 de setembro de 2011

Terça-feira, 11 de Setembro de 2001

  Lembro-me do dia 11 de Setembro de 2001. Eu lembro-me. Quem não se lembra?
  Apesar de nessa altura ter apenas 6 anos, lembro-me perfeitamente de ter ficado muito aborrecida porque não conseguia ver os desenhos animados. Lembro-me perfeitamente de refilar com a minha avó e de dizer "Eu quero ver os desenhos animados! Não quero ver dois prédios a arder!". Naquele dia os desenhos animados pararam. As televisões mostravam e voltavam a mostrar as mesmas imagens. O mundo parou, tudo parou. Quase 3000 pessoas morreram. Algumas sobreviveram, tiveram essa sorte. Algumas preferiram atirar-se do não-sei-quantésimo a morrerem queimadas. Não é justo pessoas inocentes terem de tomar essa decisão. Não é justo pessoas que, provavelmente ainda tinham toda a sua vida pela frente, terem de escolher qual a melhor e talvez menos dolorosa maneira de morrer. Não é justo.



 

  Nunca se esqueçam dessas pessoas. Elas não merecem ser esquecidas.

sábado, 10 de setembro de 2011

Fringe

  Descobri uma série nova! Chama-se Fringe e  foi pela primeira vez emitida em Portugal no dia 28 de Setembro de 2009. Está classificada como sendo uma série de ficção científicadrama.
  Nunca tinha ouvido falar dela nem nunca tinha visto ou ouvido uma referência a tal série, mas agora que comecei a investigar, descobri que é bastante elogiada pelo New York Times e por outros grandes nomes.
  O melhor de tudo é que para além de eu gostar muito (quando digo muito, é muito mesmo!) a minha mãe também gosta, o que é uma coisa do outro mundo! Comecei a vê-la quando estava de férias no Algarve, onde havia uma televisão com apenas quatro canais. Ao princípio, achava esta série um bocado estranha e nem sequer sabia o seu nome mas a realidade é que, mesmo não fazendo ideia do que se tratava, ficava colada ao ecrã a vê-la, sem pestanejar quase, sem conseguir desligar-me e ir fazer outra coisa.
  Portanto, se quiserem ver, não hesitem. É uma série fantástica, acho que não se vão arrepender se a começarem a seguir. No dia 27 de Setembro às 21h30 estreia, na Fox, a terceira temporada. Se quiserem ver os episódios da primeira e segunda temporadas, podem segui-los na Rtp 2, de segunda à sexta, a partir das 14h.
Aproveitem, não se vão arrepender : )

Olivia Dunham e Peter Bishop, as personagens principais

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

carta a Hank

  Querido Hank,

  Tenho saudades tuas. Eu sei que te vi hoje mas foi como se não te tivesse visto. Aqueles dois minutos não foram nada, ou pelo menos, quase nada.
  O que me baralha mais, no meio disto tudo, é que, depois de toda a nossa cumplicidade, mal somos capazes de olhar um para o outro. Na minha cabeça já não surgem imagens tuas. Consegui finalmente afastar-te de mim. Mas, meu Deus, eu amei-te tanto... E custou-me tanto afastar-te, pôr-te de parte. Agora sinto-me um pouco vazia mas não é nada que não se suporte bem.
  Estou-te muito grata por tudo o que me ensinaste. Ainda bem que o meu caminho se cruzou com o teu. Ainda bem que eu acabei por conseguir apanhar aquele autocarro. Obrigado por teres começado a falar comigo desde então.
  Mudei muito desde essa altura. Tu mudaste-me, Hank. Fizeste-me crescer e fizeste-me perceber que, muitas vezes, se quiser ser feliz, vou ter de arriscar e abandonar a minha zona de segurança. Ensinaste-me muita coisa e eu não tenho a certeza se alguma vez conseguirei retribuir isso. Só lamento não ter arriscado mais vezes, nem ter lutado quando e como devia.
  Agora já não quero voltar ao nosso tempo. Segui em frente e estou feliz por tu também o teres feito. De certo modo, vou sempre amar-te e vais sempre ter o teu lugarzinho aqui dentro. Nunca te esqueças que, independentemente do que alguma vez acontecer, vais ter sempre aqui alguém para te ouvir e apoiar. Quero que saibas que vais ter sempre aqui um porto seguro, como me costumavas chamar. Espero também poder sempre contar contigo, ou quase sempre.
  Eu perdoo-te por tudo o que me fizeste, consciente ou inconscientemente. E tu, perdoas-me por todas as atitudes erradas e patéticas que tive contigo? Espero que algum dia possamos recuperar tudo aquilo que perdemos. Quero voltar a conseguir falar contigo como falava. Era bastante agradável...
  Seja como fôr, volto a dizer-te, tenho saudades tuas. Espero um dia vir a gastar (ou apenas aproveitar) uma tarde para conversar contigo, como não fazemos à muito tempo.
  Com amor,
Katherine.


  P.S.: E Hank, lembra-te sempre de uma coisa: quando estiveres triste, sonha ♥